terça-feira, 27 de setembro de 2011

Materia do Bom Dia Brasil do dia 23/09/2011

Edição do dia 23/09/2011
23/09/2011 08h48 - Atualizado em 23/09/2011 08h48

Rua de Porto Alegre é conhecida como a mais bonita do mundo

Em 2003, havia planos para construir uma garagem de sete andares no local. Os moradores, então, criaram um blog para impedir a obra.

A rua mais bonita do mundo fica em Porto Alegre. Uma rua bonita fica no coração de quem passa e provoca a imaginação. Quem morou nas casas antigas? Quem plantou as árvores que se abraçam, lá no céu? “Eu acho essa rua romântica e linda. Se fosse na época de jovem, tivesse um namoradinho eu estava sempre nessa rua aqui passeando”, conta uma senhora.
Um cenário que fez a Rua Gonçalo de Carvalho, na zona central de Porto Alegre, ganhar a fama de a mais bonita do mundo. Para quem vê de cima, é como se um rio verde estivesse passando entre os prédios. São mais de cem árvores, algumas delas com cerca de 20 metros de altura. A mobilização para salvar a paisagem é o que fez dessa uma rua tão especial.
Em 2003, havia planos para construir uma garagem de sete andares no local. A rua seria alargada e as árvores teriam de sair. Os moradores, então, criaram um blog para impedir a obra. As fotos ganharam o mundo e a rua, admiradores como o biólogo português Pedro Santos.
“Ele se emocionou tanto com a luta pela preservação da rua que colocou o título na postagem dele: a rua mais bonita do mundo. Pela beleza do túnel verde, que é um espetáculo, e pela luta dos cidadãos”, o artista gráfico César Cardia
O caso parou na Justiça e a construtora acabou desistindo do projeto. Hoje, a Gonçalo de Carvalho é patrimônio ambiental de Porto Alegre. “Não é contra o progresso, nós somos a favor do progresso. Mas o progresso tem de ser compatibilizado com a natureza, não pode excluir a natureza para criar progresso. Não há lugar para os dois?”, questiona o aposentado Reinaldo Lameira.

Link: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/09/rua-de-porto-alegre-e-conhecida-como-mais-bonita-do-mundo.html

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

USP vai cortar 1,3 mil árvores no câmpus do Butantã Desmate foi autorizado pela Prefeitura e será um dos maiores da cidade neste ano; área dará lugar a complexo com museus previsto para 2013 22 de setembro de 2011

SÃO PAULO - Considerado um dos locais com mais áreas verdes na capital paulista, o câmpus da Universidade de São Paulo (USP) no Butantã, zona oeste, vai perder 1.328 árvores nos próximos meses. Essa pequena mata, equivalente a um Parque Trianon ou da Aclimação, vai dar lugar a um conjunto de museus planejado pela reitoria desde 2001. O corte é um dos maiores aprovados neste ano pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente
Hélvio Romero/AE
6 mil mudas terão de ser plantadas para compensar
Para se ter ideia do tamanho do desmatamento, toda a obra de duplicação da Marginal do Tietê em 2009 derrubou cerca de 800 árvores, pouco mais da metade do que será cortado na USP. A universidade será obrigada a manter no local apenas 217 árvores, além de plantar outras 6 mil mudas no local. "O problema é que serão cortadas árvores adultas, robustas, que trazem um grande benefício para o clima daquela região. Já essas mudas só trarão efeito similar daqui a 20 ou 30 anos", disse o ambientalista Carlos Bocuhy.
A área fica do lado da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, próximo da Avenida Corifeu de Azevedo Marques. Para Bocuhy, o local é inadequado para uma obra desse porte. "Existem várias outras áreas na USP com bem menos árvores, que trariam um impacto muito menor. É impossível que esse local, onde será necessário cortar mais de 1.300 árvores, seja a melhor alternativa nesse caso", afirma o ambientalista.
As árvores são consideradas essenciais por especialistas pois ajudam a umidificar o ar em zonas localizadas dentro da cidade, o que contribui para a dispersão dos poluentes e alivia os efeitos causados pelo tempo seco. Outra contribuição das matas urbanas é a refrigeração da atmosfera nas redondezas e o aumento da circulação do ar.
Projeto. O plano da USP é erguer no local o chamado "Parque dos Museus", um conjunto de 53 mil m² projetado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha que será sede do Museu de Arqueologia e Etnologia e do Museu de Zoologia. Isso só será possível justamente por causa de uma obra considerada irregular pelo Ministério Público, que obrigou a incorporadora Brookfield a contribuir financeiramente com o projeto após danificar um sítio arqueológico no Itaim-Bibi, onde constrói um prédio.
O diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP, Thiago Aguiar, afirma que não houve discussão sobre o local escolhido pela reitoria para se erguer as novas sedes dos museus. "Esse plano de construção de novos prédios, que vai gastar R$ 240 milhões dos cofres públicos, não foi nada democrático. Não tivemos a chance de discutir nem sobre o impacto dessa obra na área verde do câmpus nem sobre sua finalidade, que também é questionável", diz.
A universidade, por sua vez, afirma que todo o processo está sendo feito de acordo com as orientações da Secretaria do Verde e Meio Ambiente. Segundo a USP, o projeto é importante para a comunidade acadêmica, uma vez que vai aproximar o Museu de Zoologia à Cidade Universitária - hoje, ele funciona no bairro do Ipiranga, na zona sul - e aumentar a área disponível para as exposições. A previsão de inauguração é em 2013.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Crianças....coloquem suas mochilas nas costas e vamos pra outro lugar...

Era uma vez, na Av. Pompeia, na altura do numero 600,  um Casaråo de esquina  antigo, da decada de 30, onde funcionava um colegio infantil, que se chavama Alvorecer.
Neste colegio, tudo foi preservado .As janelas grandes , as escadas de madeira que levavam ate as salas de aula, as portas eram tåo gigantes que dava ate pra imaginar o belo cavalheiro com sua armadura de ferro entrando com seu cavalo para salvar a princesa que vivia no ultimo andar deste imenso castelo...
Do lado de fora da casa, as arvores frutiferas chavam atençåo de quem passava. 
Mas, num belo dia, uma incorporadora muito rica comprou esse imovel , e como o mundo nåo e cor de rosa, infelizmente esse castelo imponente foi demolido , e no lugar dele foi construido um predio com salas comeciais e lojas.

Seria muito bom se essa historia nåo passasse de um conto de fadas, mas infelizmente e a realidade de mais um patrimonio da cidade sendo substituido por arranha ceus e novamente vemos  o  capitalismo e o " progresso desvairado "  tomarem  lugar do que e considerado Registro da Historia de Sao Paulo, e cada vez mais nossa cidade vai perdendo sua identidade.Em algumas cidades como Salvador  e Porto Alegre  , a solucåo desse confronto ,  foi manter os casaroes como hall de entrada,  e atraz foram construidos os  edificios . Essa alternativa resultou num visual arquitetonico incrivel, e inclusive se transformaram em  pontos turistico.
Aqui mesmo, um estabelecimento na Rua Cotoxo, outro em higienopolis na Rua Veridiana  tambem preservaram a arquitetura do local.

Dificil e explicar para as crianças que estudam nesse colegio que o cavalheiro nåo ira salvar a princesa porque o Castelo sera demolido....!!!!!!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Se no século 20 uma casa de Vl na rua Caraibas era um bordel, e hoje esta mesma Vl. é um Oasis, parece que aqui tem gente lutando para acontecer o contrário (comércios em áreas de residência)

Edmundo Garcia, coordenador do Movimento Pompéia Viva, e Gilmar Altamirano, presidente da Associação dos Amigos e Ambientalistas do Parque da Água (APA). Eles tentam, desde aquela época, mobilizar a comunidade para que sejam feitas ações que brequem o crescimento desordenado do bairro. Um dos frutos dessas ações foi o Mover – Movimento de Oposição à Verticalização Caótica e pela Preservação do Patrimônio Histórico da Lapa e Região, criado em 2004.
Eles lembram que muitos incorporadores resolveram comprar áreas no bairro e que isso foi uma espécie de xeque-mate no sentido arquitetônico, paisagístico e urbanístico. Uma outra ação do Movimento foi acionar o Conselho do Patrimônio Histórico Municipal para que ao menos as vilas de casas sejam preservadas. “Só a Pompéia possuía pelo menos 150 vilas. Hoje, tem perto de cem. As vilas são os respiradouros de um bairro como a Pompéia que se encontra em pleno processo de verticalização. Há vilas como a Travessa Caligasta, na rua Caraíbas, que já foi um bordel de uma francesa no inicio do século 20 e hoje é um pequeno oásis dentro do bairro”, diz Gilmar. Ele lembra que a campanha pelo tombamento das vilas está sendo retomada, através do Movimento Pompéia Viva, e que o processo está em andamento no Compresp.
Além de preservar a história, o Movimento luta pela preservação do meio ambiente. Sem falar que, a partir do momento em que as pessoas ficam mais fechadas em seus apartamentos e casas com grades e altos muros, deixam que as ruas sejam invadidas pela criminalidade. “Nossa cidade sofre pelo descaso com a natureza. São Paulo tem, hoje, como resultado do processo de aquecimento global e local, temperaturas mais altas, umidade mais baixa, maior número de tempestades em menores intervalos de tempo. Temos sentido isso na pele. Uma cidade impermeabilizada pelo asfalto, onde as águas das chuvas não penetram no solo, escoando ao longo das vias, causando enchentes que tantos prejuízos nos trazem. Os lençóis freáticos cada vez mais exauridos, nossas reservas de água potável cada vez mais reduzidas e poluídas e os remanescentes de matas e áreas verdes limitados a pequenas extensões”, observa Ros Mari Zenha, integrante do Mover. E ela finaliza: “Daqui a um tempo teremos um patrimônio arrasado, um paliteiro de torres, uma paisagem uniforme, monótona e triste, guetos protegidos por altas muralhas, pessoas que se desconhecem e com os pobres bem longe, como resultado de uma política higienista que há muito não se via”.

Fonte original: Daqui Perdizes
http://www.tudoeste.com.br/?DS=ttl_50-vilas-da-pompeia-desapareceram-do-mapa|Pub_3|smfr_3|CodArt_3225